Afinal, o que esta faltando?
Updated: May 28, 2020
Diário na Terra - Marco de 2020 : Não voltarei tanto no tempo, porque provavelmente tornaria esta leitura um pouco monótona e repetitiva. Mas vamos nos posicionar desde há 30 anos atrás, quando fomos então surpreendidos com grandes movimentos em direção a um posicionamento diferente no planeta, nunca antes experimentado.

Presenciamos os movimentos de grupos separados e/ou submetidos a algum tipo de descriminação começarem a se reposicionar, sentimentos de injustiça afloraram juntamente com uma necessidade de “limpar a casa” e organizar os “moveis” que estão dentro. Fomos confrontados de que qual era a realidade e eficácia do grupo: O que estávamos fazendo socialmente? Com que direito dividíamos o mundo em castas?
O que estávamos ( e estamos ) criando e causando ao planeta? Testemunhamos um mundo se movimentando para uma nova identidade social, e embora muitos não se dessem conta destes movimentos universais aos quais estamos submetidos, adentramos num novo padrão de afetividade e de visão no decorrer deste processo.
O preconceito antes velado, se tornou escancarado. O poder, antes visto como qualidade e força mostrou o outro lado de sua mascara e deixaram as claras os papeis de vitimas – necessitando - e de algozes – que alimentam tais necessidades. O mundo passou a ver tudo através de uma lente com menos distorções, afinal os dois lados saíram das sombras, e o que era perfeito se mostrou imperfeito e o que era sombra apresentou lampejos de luz. E tudo, absolutamente tudo, apesar das nossas resistências e medos, se movimentou em direção a transformações.
Muitas coisas foram remexidas e reorganizadas nos últimos 30 anos, claro que falta muito, mas ainda assusta a quase estagnação de uma coletividade, ainda atada a ilusões. Quando limpar a casa torna-se necessário, também é
necessário que se apresente um aparente caos, porque é impossível executar isso organizadamente, e sem tirar do lugar o que é preciso, para trazer a tona o que estava oculto e já não mais necessário. Enfim o que parece ser um caos, na verdade
é mais uma vez a movimentação necessária para uma reorganização.
Ao invés de fomentarmos o tal caos, deveríamos utilizar o que nos foi oferecido como qualidade de inteligência e sobrevivência: observar e refletir – nesta sequencia.
- O que será que representa estarmos conectados, definitivamente via internet? Somente um avanço tecnológico?
- O que representa este movimento coletivo de inclusão e aceitação de povos e etnias de um lado para outro, buscando a integração?
- O que representa todo esse pânico e medo, sem um pingo de responsabilidade e coerência, as quais já deveríamos ter em abundancia?
- O que representa este “ensaio” de um vírus, rapidamente alinhavando o mundo num só quintal, sem que desta vez seja necessário o extermínio de milhões, como na gripe espanhola?
Afinal há laboratórios e tecnologias suficientes, para que isso se repita com bilhões de extermínios....
- Ao que de fato estamos submetidos?
Semanas atras eu conversava com um casal amigo e nos perguntávamos porque, ainda hoje, falamos sobre a divindade e a espiritualidade, como se fosse possível busca-la e encontra-la fora de nos, seja num céu-paraíso, oferecido pelas religiões, seja em praticas de “reintegração” oferecidas pela própria busca religiosa? E pior, o que significa acreditarmos, ainda hoje, que precisamos fazer algo que não temos nem ideia do que seja e que depende de nós, como uma suposta “integração”, que não seja AMAR e reconhecermos no "outro, no espelho" o que não vejo e nem sinto em mim?
A historia da nossa civilização nos mostra como a criação de uma ponte que nos leve ao invisível e desconhecido e uma regra. Obviamente precisamos manter e alimentar este instintivo movimento de nos conectarmos com o que não entendemos e não vemos, e não há nada errado com isso! O que há de errado é o aprisionamento e a paralização dentro de um processo que mal compreendemos! Independente do que escolhemos acreditar - porque esta é a única questão envolvida - se olharmos a nossa volta encontraremos imensas distorções numa civilização como a nossa:
- Porque ha tanta depressão, se há tanta medicação e médicos a disposição?
- Porque há tanto suicídio se há tantas religiões oferecendo as mais variadas formas de amar e nos conectar com o Divino, do que por exemplo antes da idade media?
- Porque ainda em 2020 há tantas diferenças numa única raça como a nossa, vivendo no mesmo planeta, dentro de um Universo tão absurdamente vasto?
O que não dizer das facilidade que hoje temos a nossa disposição e avanços tecnológicos como celulares, o inacreditável GPS, computadores diversos, carros velozes e confortáveis, aviões e uma impressionante coisa chamada internet.....
A pergunta que cala é: O que esta faltando?
Cynthia france